sábado, 2 de outubro de 2010

A origem exata do povo Cigano é desconhecida

A origem exata do povo Cigano é desconhecida, e como o povo Cigano não tem uma linguagem escrita até hoje, fica difícil definir sua verdadeira origem. Tudo o que se falar, será baseado em conjecturas, suposições e relatos dos mais velhos da tribo.

A hipótese mais aceita é que o povo Cigano foi expulso por invasores árabes há quase 3 mil anos da região noroeste da Índia . A tez morena comum aos hindus e ciganos, as roupas coloridas, os princípios religiosos e a semelhança entre o sânscrito, um dos idiomas mais antigos do mundo, que era escrito e falado na Índia, com o idioma falado pelos ciganos, são fatos que reforçam esta hipótese.

Depois de vagar pelo Oriente, os ciganos invadiram o Ocidente e espalharam-se por todo o mundo. Essa invasão foi uma das únicas da história da humanidade que foi feita sem guerras. Foi uma invasão cultural e espiritual e ao contrário do que muitos pensam o povo Cigano é que foi perseguido, julgado e expulso ao longo da sua caminhada pacífica.

Não se sabe se esses eternos viajantes pertenciam a uma casta inferior dentro da hierarquia Indiana (os parias) ou de uma casta aristocrática e militar, (rajputs). Independentemente do status, a partir do êxodo pelo oriente, os ciganos se dedicaram a atividades itinerantes como: ferreiros, domadores criadores e vendedores de cavalo, saltimbancos, comerciantes de miudezas e o melhor de suas qualidades; a arte divinatória. Viajam sempre em grandes carroças coloridas e criaram normas poéticas para si mesmo.

Com valores muito diferentes dos nossos, os ciganos estão longe de querer o poder e não fazem questão de ascender na escala social. A família é à base da organização social, não havendo hierarquia rígida no interior do grupo. O comando é exercido pelo homem mais capaz e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a finalidade de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância. É comum haver lideranças femininas e nenhum cigano deixa de consultar avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.

A sexualidade é um ponto importante entre os ciganos e, ao contrário do que se imagina, eles têm uma moral bastante conservadora. Eles se casam cedo, seguindo sempre acordos firmados entre as duas famílias. A virgindade é exigida, não recebem nenhum tipo de educação sexual e ter filhos é a principal função do sexo. Descobrir os seios em público é natural, mas nenhuma mulher pode mostrar as pernas, pois da cintura para baixo todas são impuras, daí a imposição das saias compridas e rodadas para as mulheres que também são proibidas de cortar os cabelos, e nunca sentam à mesa com os homens.

Como praticantes da magia e das artes divinatórias, são elas que cada vez mais assumem o controle econômico da família. A leitura da sorte é a principal renda para a maioria das tribos. O resultado é um pouco contraditório: o homem manda, mas é a mulher quem sustenta o grupo.

Uma das maneiras dos ciganos se manterem unidos, vivos e com suas tradições preservadas, é o idioma falado por eles, o romani ou rumanez, que é uma linguagem própria e exclusiva. Como é uma língua ágrafa, sem forma escrita, o romani é transmitido na forma oral de pai para filho.É expressamente proibido ensinar o romani para os não ciganos. Assim como o idioma, todos os demais ensinamentos e conhecimentos da cultura e tradição ciganas, dependem exclusivamente da transmissão oral. Os mais velhos ensinam aos mais jovens e às crianças os conhecimentos do passado, o pensamento e a maneira de viver herdado dos ancestrais.

O homem moderno ainda não aprendeu a viver e deixar viver. Diferente continua sendo o sinônimo de inimigo. A "alma cigana" perfuma o lugar por onde passa. O Povo Cigano é o guardião da LIBERDADE.

www.recanto.paz.nom.br/

Aproveite e leia: Magias Ciganas...



por ClarityLuz*

9:57 PM


Lenda


Sou lenda
porque as lendas são envoltas
em Mistérios e Magias.
São uma criação
dos caminhos da mente,
da vaga imaginação,
da liberação dos silêncios
da alma...

Sou Lenda,
porque as lendas correm livres
junto ao vento,
buscando as vozes
da memória
para que alcancem,
as histórias perdidas no tempo...

Sou Lenda,
pelo desejo incontido
que há em mim,
de tornar possível
o encontro
entre a Lua e o Sol,
diminuindo
o entrave da dor...

Então, sendo Lenda
posso cavalgar pelos sonhos,
velejar pelos mares da sua
saudade,
passear, solta,
pelo seu pensamento...

Sendo Lenda,
posso brincar na sua alegria,
ser parte da sua emoção,
e caminhar,
tranqüila, pela sua ilusão...

Sendo Lenda,
posso escrever
meu nome em sua vida,
e me instalar
no aconchego do seu coração,
como uma sensação
chegando pelo perfume do ar...

Sendo Lenda
posso ser parte de você,
sem você perceber...

Débora Böttcher

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